Romã - Punica granatum


Punica granatum L.
Romãzeiro, romãzeira, romã, romeira, granada, milagrada, milagreira, miligrã, romeira-de-granada, miligrana

Características botânicas: arbusto ramoso de até 3 metros de altura, com folhas simples, cartáceas, de 4 a 8 cm, dispostas em grupo de 2 ou 3.Flores solitárias, de corola vermelha-alaranjada e cálice esverdeado, duro e coriáceo. Seus frutos globoides do tipo baga, medem até 12 cm e possuem numerosas sementes. Originária da Ásia, hoje é cultivada no mundo inteiro¹. 

Uso Popular: uso da parte externa do fruto (pericarpo) para tratar inflamações na boca e na garganta. tradicionalmente o líquido do arilo das sementes é utilizado contra catarata. São atribuídas a casca do caule e a raiz desta planta ação contra vermes chatos (solitária), diarreia crônica e disenteria amebiana. Externamente é usada contra gengivites e faringites, através de bochechos e gargarejos de seu infuso, ou em banhos contra vaginites e leucorreias.

Composição Química: a análise fitoquímica registrou a presença de alcaloides (alcaloide isopeletierina e seus análogos), a presença de 28% de taninos gálicos nas cascas dos caules e dos frutos, e em menor quantidade nas folhas; 7% de óleo fixo nas sementes, entre eles o ácido punícico¹.

MODO DE USAR
Nas inflamações de boca e de garganta pode-se mascar pequenos pedaços secos ou frescos da casca do fruto como se fossem pastilhas ou usar o cozimento (decocto) - preparado com 1 (uma) colher de sopa dos pedacinhos da casca em água suficiente para uma xícara das médias de água, na forma de bochecho ou gargarejo ou em compressas¹.

CUIDADOS NO USO DESTA PLANTA
Não utilizar durante a gravidez e amamentação devido à falta de estudos disponíveis
Apesar da baixa toxicidade do extrato alcoólico  do fruto (DL=280mg/kg), seu uso por via oral deve ser feito com cautela, pois a ingestão dos alcaloides ou do extrato em quantidade equivalente a 80 g da planta ou mais produz grave intoxicação que atinge sistema nervoso central, provocando paralisia dos nervos motores e consequentemente morte por parada respiratória¹.  

Referência
1. LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª edição. Nova Odessa, Brasil: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008. Páginas 348 -349.

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