Sálvia - Salvia officinalis


Salvia officinalis L.
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Características botânicas: herbácea perene, fortemente aromática, ereta e decumbente. Ramificada na base com aspecto de touceira, de 30 a 60 cm de altura. Nativa da região Mediterrânea da Europa. Folhas simples, denso-pubescentes, de 3 a 6 cm de comprimento. Flores de cor violácea, reunidas em espigas longas, porém pouco frequentes em nossas condições¹.

Uso popular: Suas folhas são empregadas como condimento na culinária. Na medicina tradicional, suas folhas e inflorescências são empregadas internamente para indigestão, problemas de fígado, contra lactação, salivação e suor excessivo, contra ansiedade, depressão e sintomas da menopausa. Também é descrito seu uso como auxiliar no tratamento de gota, contra dispepsia, astenia, diabetes, bronquite crônica e intestino preso. Seu uso externo é empregado contra picada de insetos, infecções de pele, gengiva, boca e garganta¹. 

Composição química: óleos essenciais ricos em terpenos (50% de tuiona, 15% de cineol, cânfora, borneol, ácido ursólico), taninos, glicosídeos diterpenos, flavonoides, ácido rosmarínico, substância estrogênica, saponina e substância amarga¹.

MODO DE USAR
  1. Infusão de 3,5 g (7 colheres de café) das folhas picadas em 150 mL (uma xícara de chá) de água fervente. Abafar por 15 minutos, coar, esperar baixar a temperatura e aplicar no local afetado, em bochechos e gargarejos 1 ou 2 x dia, para tratar inflamações da boca e garganta, gengivites e aftas².
  2. Infusão de 1,5-2 g (3-4 colheres de café) das folhas picadas em 150 mL (uma xícara de chá). Abafar por 15 minutos, coar, esperar baixar a temperatura e beber 1 xícara chá de 2 a 3x ao dia, para tratar dispepsias (distúrbios digestivos) e transpiração excessiva².
CUIDADOS NO USO DESTA PLANTA
Deve se evitar o consumo desta planta em excesso ou durante longos períodos seguidos, bem como sua administração a mulheres grávidas e a pacientes epiléticos¹.
Não utilizar na gravidez e lactação, insuficiência renal e tumores mamários estrógeno dependentes².
Não engolir a preparação após o bochecho e gargarejo pois pode causar náusea, vômitos, dor, abdominal, tonturas e agitação. Pode elevar a pressão em  pacientes hipertensos. Em altas doses pode ser neurotóxica (causar convulsões) e hepatotóxica (causar dano no fígado)².


Referências
1. LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2ª edição. Nova Odessa, Brasil: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2008.
2. BRASIL; MINISTÉRIO DA SAÚDE DAGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução de Diretoria Colegiada: RDC nº. 10, de 9 de março de 2010. Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências. Diário Oficial da União, 2010.



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